domingo, 28 de dezembro de 2014


A Mágica Máscara de Aspirina: Será?



Existem muitas dicas simples que podem auxiliar muito a mulher moderna. Uma delas é a "máscara mágica de aspirina",  sim aquela que usamos para dor de cabeça. Para muitas não será novidade , mas como eu nunca abordei este assunto e está entre os assuntos mais pedidos pelas leitoras do blog.
Pesquisei muito. Bem,  muitas meninas já aprovaram. Resolvi testar em mim.
O ingrediente que faz a mágica acontecer é o ácido salicílico, um ácido hidroxi beta (BHA) que ajuda a limpar os poros e combate as bactérias que causam acne.
Outros benefícios do uso da máscara:

  1. Uma pele mais brilhante, lisa, bonita e saudável.
  2.   A máscara é esfoliante. 
  3. Tem propriedades anti-inflamatórias que acabam ajudando a reduzir a vermelhidão, graças ao ácido salicílico, presente na aspirina.
  4. Combate as bactérias, impedindo a transformação dos cravos em espinhas.
 Aconselho o uso apenas em adultos, e é aconselhável que seja feita a prova do toque.
 A aspirina é um medicamento, e pode causar reações alérgicas em algumas pessoas.




RECEITA:
Você irá precisar de:
3 aspirinas (ASS) OBS: Nunca utilize "ASS" infantil pois ele pode manchar sua pele devido ao corante presente em sua fórmula.

Água filtrada .Utilize um borrifador ou conta gotas, pois se colocar muita água, a máscara vai ficar "liquida" o que não é nosso objetivo.Utilize apenas o suficiente para dissolver os comprimidos.

2 colheres de chá de mel

Recipiente não metálico para fazer a mistura.
Tônico facial para limpeza e um creme hidratante de sua preferência ou anti-rugas para peles mais maduras.

Filtro solar fator 50

Em um recipiente não metálico dissolva a aspirina com ajuda da água. Ela começará a dissolver. Misture as duas colheres de mel.Se for necessário, ajude a dissolver com a ponta dos dedos ou uma espátula de material não metálico.
*A aspirina pode reagir com o metal e modificar a mistura.
Espalhe a mistura no rosto com movimentos circulares. Deixe agir por 10 minutos.
Lave o rosto com água, enxugue suavemente e passe o tônico facial.
Depois é só utilizar um hidratante e o mais importante: "protetor solar". Você pode realizar este procedimento 2 vezes por semana e faça uso de protetor solar pois o ácido presente na ASS pode manchar sua pele. Fica a dica!!!!

Na segunda postagem sobre este assunto vou mostrar os resultados em mim. Até mais meninas. Beijinhos.



quinta-feira, 5 de setembro de 2013

MAIS SAÚDE PARA MAIS BELEZA



 

Hábitos saudáveis vão refletir diretamente em sua beleza, nos cabelos, unhas e pele.
Por isso fica a dica:

*Alimentação balanceada, aliada à prática de exercícios e muita água podem fazer milagres por você.

Logo abaixo listamos algumas dicas para você preparar sua pele para a maquiagem o que é fundamental para uma make digna de diva. Mãos à obra!


Primeiro passo:





*A Higienização da pele:


 Limpar o rosto é muito importante para que sua pele receba muito bem as texturas e pigmentos da maquiagem. Faça o uso de um sabonete neutro ou que seja especial para seu tipo de pele de pode ser:
Normal, Seca, Oleosa ou Mista.
Se a sua pele for muito oleosa ela necessita de mais atenção; uma esfoliação semanal é o ideal. 
Você pode fazer uso de uma mascara  natural de aveia e mel. 
Você irá precisar de: 2 colheres de mel e uma colher de aveia em flocos. Misture a aveia e o mel e passe no seu rosto com movimentos circulares suaves deixe descansar por 10 minutos no rosto, aproveite para relaxar, ouvir uma música... depois é só enxaguar.


MEL - tem ação tonificante, acelera a cicatrização de espinhas inflamadas e é hidratante.  
AVEIA - tem ação cicatrizante, hidratante e dermo protetor.





Segundo passo:

*Hidratação: A hidratação é muito importante, pois irá potencializar a absorção, a fixação da maquiagem e dos produtos utilizados. Aplique um hidratante apropriado para seu tipo de pele dê preferência aos que possuem filtro solar.
Use creme hidratante, se você tem a pele seca. Se sua pele for oleosa ou mista, prefira um gel ou loção hidratante oil-free.

  
Segredinho: Para a maquiagem durar a noite toda... Gelo!!!!! Isso mesmo, o gelo fecha os poros, devido ao  choque térmico causado pela queda brusca da temperatura. Mas muito cuidado, não passe o gelo diretamente sobre a sua pele. Você pode utilizar água bem gelada ou envolva o gelo em uma toalha ou lenço de algodão e não esfregue a sua pele, dê leves batidinhas.

                 O Primer:                                                                  



É como se fosse uma base antes da base, controla a oleosidade,  fixa e prepara a textura da pele para receber a make. Existe um primer para cada parte do rosto: O facial que é aplicado como um creme, o Labial que hidrata e faz durar mais o batom e  para a "área dos olhos ou primer para sombras", que intensifica a cor e a duração da sombra.





"Pin-up 1950" Danúbia Rocha Make up artist 



por: Danúbia Rocha Make up artist 

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

A origem da Maquiagem das Gueixas






São mulheres japonesas que estudam a tradição milenar da arte, dança e canto, e se caracterizam distintamente pelos trajes e maquiagem tradicionais. Contrariamente à opinião popular, as gueixas não são um equivalente oriental da prostituta; esse é um equívoco, originado no Ocidente, principalmente pela vestimenta das prostitutas tradicionais ter traços similares aos da cultura gueixa.
No Japão, a condição de gueixa é cultural, simbólica e repleta de status, delicadeza e tradição. Ao longo dos séculos, esse contexto foi desenvolvido pelo aperfeiçoamento da técnica dessas artes e pela estrutura rígida necessária para se tornar uma gueixa e permanecer como tal.

As precursoras da gueixa do sexo feminino foram as adolescentes odoriko ("dançarinas"). Na década de 1680, elas eram populares artistas pagas nas casas particulares da alta classe samurai,  apesar de muitas se transformarem em prostitutas no início do século XVIII. Aquelas que não eram mais adolescentes (e não poderiam mais praticar o estilo (odoriko ) adotaram outros nomes, sendo um deles gueixa, se assemelhando aos artistas masculinos. A primeira mulher conhecida por ter chamado a si mesma de gueixa era uma prostituta de Fukagawa, em cerca de 1750. Ela era uma cantora qualificada e tocadora de shamisen chamada Kikuya, e que foi um sucesso imediato, tornando as gueixas mulheres extremamente populares na década de 1750 em Fukagawa. Como se tornou mais difundido ao longo dos anos de 1760 e 1770, muitas começaram a trabalhar apenas como artistas (em vez de prostitutas), muitas vezes nos mesmos estabelecimentos que gueixas do sexo masculino.
As gueixas que trabalharam dentro dos bairros de prazer eram essencialmente presas e proibidas de "vender sexo", a fim de proteger o negócio das Oiran - para isso, existiam cortesãs licenciadas para atender as necessidades sexuais dos homens. Por volta de 1800, ser uma gueixa foi considerada uma ocupação feminina. A evolução do estilo das gueixas era imitada por mulheres elegantes por toda a sociedade.
A Segunda Guerra Mundial trouxe um grande declínio nas artes das gueixas, pois em 1944, tudo no mundo das gueixas, incluindo casas de chá, bares, e casas de gueixas foram forçados a fechar, e todos os funcionários foram colocados para trabalhar nas fábricas ou outros lugares para trabalhar para esforço de guerra no Japão. O nome gueixa também perdeu algum status durante este tempo porque as prostitutas passaram a se referir como gueixas para militares americanos. Cerca de um ano depois, as casas foram autorizadas a reabrir. As poucas mulheres que voltaram para as áreas de gueixas decidiram rejeitar a influência ocidental e retomar as formas tradicionais de entretenimento e vida. A imagem da gueixa foi formada durante o passado feudal do Japão, e agora é a imagem que deve se manter para permanecer a cultura gueixa.
Há muitas mudanças de aparência de uma gueixa ao longo de sua carreira, desde quando é uma jovem maiko, que é muito maquiada, até a aparência mais sombria de uma velha gueixa estabelecida. Diferentes penteados e grampos de cabelo significam diferentes estágios de desenvolvimento de uma jovem, e até mesmo um detalhe preciso como o comprimento de sobrancelhas é significativo. Sobrancelhas curtas demonstram juventude e longas demonstram maturidade. .

A Maquiagem:



As origens da maquiagem branca no rosto de uma gueixa ainda são hoje em dia incerto. Uma teoria diz que na Idade Média um viajante voltou da Europa com histórias de belezas "pálidos". Embora isto possa soar bastante plausível, a maquiagem branca é dito para vir da China e mais tarde adotado por cortesãs japonesas. Considerando-se que seu uso apareceu pela primeira vez na era Heian (794-1185 aC), quando a China teve uma forte influência cultural no Japão, isso soa como a versão mais provável.
As mulheres utilizavam pó de arroz "Heian" misturado com água para formar uma fina camada de pasta para ser aplicada sobre a face da camada de fundação. Em seguida, eles iriam retirar as sobrancelhas e pintar em grosso, reto, sobrancelhas falsas no alto de sua testa. Os lábios estavam pintados de vermelho.





A maquiagem da gueixa é sua grande característica marcante. Mas esta é usada de acordo com seu grau de experiência. . É um processo demorado, e é aplicada antes de se vestir para evitar sujar o kimono.
Quando aprendiz, a gueixa usa a maquiagem de forma regular e mantém todo o rosto branco. Ela realmente só usa a maquiagem quando precisa dançar ou para fazer performance a algum cliente.
Quem aplica essa maquiagem na gueixa podem ser a sua irmã mais velha  ou pela mãe.  Sua aplicação é feita com muito cuidado, pois, ao cometer um erro, o aprendiz que está a maquiar seria obrigado a limpar tudo e começar novamente.O tempo de duração dessa maquiagem pode ser de até duas horas.
maiko usa um pó branco que cobre o rosto, pescoço e peito, com duas ou três áreas sem estar brancas (formando uma forma de W ou V, geralmente um tradicional forma de W) deixados na nuca, para acentuar uma área tradicionalmente erótica, e uma linha de pele nua em todo o couro cabeludo, o que cria a ilusão de uma máscara. Suas bochechas são acentuadas de pó rosa escuro, e os olhos são pintados de acordo com a idade (vermelho para as mais jovens e vai mudando de preto com a mistura de cores).

  Curiosidade
Espera-se que as gueixas sejam mulheres solteiras; aquelas que escolhem se casar devem se retirar da profissão.
Foi tradicional no passado para gueixa estabelecida tomar um danna, ou patrono. Este era tipicamente um homem rico, às vezes casado, que tinha os meios para apoiar as grandes despesas relacionadas ao treinamento tradicional de uma gueixa e outros custos. Isto ainda ocorre hoje, mas muito raramente. Uma gueixa e seu danna podem ou não estar apaixonados, mas a intimidade nunca é vista como uma recompensa para o apoio financeiro ao danna. As convenções tradicionais e os valores dentro de tal relação são muito complexas e não é bem compreendida, mesmo por muitos japoneses.
Enquanto é verdadeiro que uma gueixa não pode ser paga por ter relações pessoais com homens que ela encontra pelo seu trabalho, tais relações são cuidadosamente escolhidas e improvavelmente são casuais. A hanamachi tende a ser uma comunidade muito unida e de boa reputação para uma gueixa que não é tomada de ânimo leve.
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domingo, 1 de setembro de 2013

Estilo Pin-up



As Pin-up´s surgiram nos anos 40 e 50, e era passatempo entre os soldados americanos pendurar fotos de mulheres bonitas em seus alojamentos. Daí o nome  (em inglês, pin-up) pendurar.
Pin-up é uma modelo cujas imagens sensuais produzidas em grande escala exercem um forte atrativo na cultura pop. Destinadas à exibição informal, as pin-ups constituem-se num tipo leve de erotismo. As mulheres consideradas pin-ups são geralmente modelos e atrizes, mas também se pode encontrar outros tipos de Pin Up's que são as mais "comportadas", porém utilizam um pouco do erotismo da Pin-Up. Embora elas sejam realmente muito sensuais, temos a mistura do clássico romantismo. Uma das marcas de uma Pin-Up é a Cereja, batom bem forte, delineador entre outros.

Com o tempo, foi se estabelecendo um padrão específico. Pin-up passou a ser necessariamente uma mulher volup-tuosa (Keira Knightley, fora), com ar clássico e retrô e muito feminina. E o termo deixou de se resumir a fotos: ilustrações de pin-ups passaram a ser utilizadas em estampas, quadros e na publicidade. Marilyn Monroe chegou a começar como pin-up, mas elas costumavam ser estrelas menores. 

Cabelo vintage, pele alva, batom vermelho e uma postura provocante, porém com algo de ingênuo, estão no manual da pin-up moderna. Gwen Stephany e Katy Perry adotaram o rótulo temporariamente, e outras acrescentam tatuagens à fórmula, como Pitty e a Kat Von D.

A maquiagem Pin-up tem como caracteristica a pele bem clara, olhos iluminados e marcados com delineador e um batom vermelho cereja. Uma maquiagem sensual e romântica.
  

sábado, 24 de agosto de 2013

A década de 20: Transformação, Moda e Revolução



 

Bom Dia meninas hoje estou começando um projeto chamado de "Máquina do Tempo" vou postar vídeos e tutoriais de maquiagem de época. Espero que aproveitem bastante!
 Abraço  <3

A maquiagem dos anos 20 tem características únicas. Foi uma época permeada de mudanças sociais e comportamentais. Com a revolução industrial,  e a grande recessão de 1929, a mulher vai para o mercado de trabalho nas fábricas, e despontam também em outras áreas como na aviação e ocupam lugares nas universidades que antes eram um lugar reservado aos  rapazes. 

 Um século após a  revolução francesa, as mulheres ainda não gozavam de direitos civis fundamentais, nem de quaisquer direitos políticos. Consideravam que a mulher era incapaz de assumir responsabilidades, e estava sujeita à tutela do chefe de família, fosse ele o pai, o marido ou o irmão. Era "criada" para se casar, ou seja para servir ao homem.









Se tivesse que trabalhar "fora de casa", para ajudar nas despesas, só lhe eram oferecidos ofícios como os de: costureira, cozinheira, empregada doméstica, Babá, professora...  e com salários mais baixos que os do homem.

Durante a guerra (revolução francesa), as mulheres substituíram os homens em muitas atividades profissionais. Começaram então a “impor-se”e a libertar-se da relação de dependência com o homem, a família e também na sociedade. 
Nos anos 20, conservaram parte desses postos de trabalho e começaram a libertar-se da sua situação de dependências.

Para afirmarem a sua emancipação, as mulheres adotaram novos hábitos de vida. E, com o apoio dos movimentos feministas, desde o princípio do século, na Inglaterra e nos EUA, lutaram pela igualdade de direitos, conseguindo direito ao voto em muitos países.

Bem, com tudo isso acontecendo, a maquiagem e a moda refletem as lutas e desejos desta nova mulher.
A moda na década de 1920 já estava livre dos espartilhos do século XIX. As roupas já mostram mais as pernas e os seios. 
Na maquiagem, a tendência era o batom. A boca era carmim, em forma de coração. olhos bem marcados, as sobrancelhas eram tiradas e o risco pintado a lápis. Elas formavam um arco bem pronunciado, característica marcante da época.
  


A sombra da pálpebra era muitas vezes pintada com cinza escuro. Além de cinza, cores como turquesa e verde também estavam na moda. Para maior ênfase nos olhos, os cílios também foram pintados com rímel. A tendência era ter a pele bem branca,
assim, a  maquiagem da época foi marcada por uma pele "clara" ou quase pálida, era utilizado o "pó de arroz" com nuances  creme ou marfim.

  

Mais tarde, por volta de 1923 o pó com a cor da pele natural já era a sensação. Para o blush, as cores rosa e framboesa, e por volta de 1925 os tons de laranja também se tornaram populares.

Foi nessa época que os lábios foram coloridos com vermelho escuro, vermelhos profundos acastanhados, ameixa e laranja. Os tons foram se alterando mais tarde, no final da década. Cores como rosa, vermelho framboesa eram a nova tendência.

O batom foi aplicado com um formato de coração no lábio superior. Além disso, o lábio inferior foi um pouco exagerado para baixo e a largura dos lábios diminuída.

A silhueta dos anos 20 era tubular, com os vestidos mais curtos, leves e elegantes, geralmente em seda, deixando braços e costas à mostra, o que facilitava os movimentos frenéticos exigidos pelo Charleston – dança vigorosa, com movimentos para os lados a partir dos joelhos. As meias eram em tons de bege, sugerindo pernas nuas. O chapéu, até então acessório obrigatório, ficou restrito ao uso diurno. O modelo mais popular era o "cloche", enterrado até os olhos, que só podia ser usado com os cabelos curtíssimos, à la garçonne, como era chamado. A mulher sensual era aquela sem curvas, seios e quadris pequenos. A atenção estava toda voltada para os tornozelos. As mais moderninhas já se aventuravam à usar calças compridas, .... o que para a maioria era "um escândalo"!
A década de 20 foi da estilista Coco Channel, com os seus cortes retos, capas, cardigans, colares compridos, boinas e cabelos curtos. Durante toda a década, Channel lançou uma nova moda após a outra, sempre com muito sucesso.



Em particular eu acho este período bem charmoso, adoro o romantismo "danadinho" deste período.

Fontes:  Este blog não têm interesse algum em violar direitos autorais, porém como algumas imagens são retiradas da internet em sites de busca, pode acontecer. Se você se sentiu prejudicado ou ofendido, entre em contato por email: danubia.letras@bol.com.br.
Este blog se destina à disseminar o conhecimento. 

domingo, 21 de julho de 2013

A história da Maquiagem





É no antigo Egito que vamos encontrar os primeiros testemunhos do uso de cosméticos. Os faraós tinham nas perucas coloridas formas de distinção social e consideravam a maquilagem dos olhos ponto de destaque fundamental para evitar olhar diretamente para Rá, o deus -sol. há quem pense que as mulheres egípicias se maquiavam como Cleópatra, mas a maquiagem era usada apenas pelos faraós. A figura da Cleópatra maquiada vêm após se tornar rainha.  

As misturas de metais pesados davam o tom esverdeado para impregnar e proteger as pálpebras dos nobres. É também com a civilização egípcia que surge a distinção: "Mulher de pele clara" e "Homem de pele escura". Cleópatra bem representou o ideal de beleza daqueles tempos. Carismática e poderosa, a Cleópatra imortalizou seu tratamento banhando-se em leite, cobrindo as faces com argila e maquilando seus olhos com pó de khol.

Pele clara, obsessão universal:

Dizia-se que Popéia tinha a pele muito branca graças ao resultado de constantes banhos em leite de jumenta. Ela lançou moda e todas as romanas abastadas eram dadas às máscaras noturnas, onde ingredientes como farinha de favas e miolo de pão se combinavam ao leite de jumenta diluído para formar papas de beleza. Mas a verdade é que a bela complementava seus tratamento de clareamento da pele maquilando as veias dos seios e testa com tintura azul. Esta aparência translúcida foi imitada em misturas de giz, pasta de vinagre e claras de ovos durante muitas décadas.Conta a lenda que Psyché foi buscar no inferno o segredo da pele branca da deusa Vênus, trazendo a cerusa, ou alvaiade, para compor suas fórmulas mágicas. Até a Renascença italiana esse mesmo alvaiade era usado durante o dia pelas lindas mulheres nobres, que à noite cobriam suas faces com emplastros de vitelo crú molhado no leite afim de minimizar os efeitos nocivos causados pelo alvaiade. O Kama Sutra, escrito entre os séculos I e IV, define a mulher ideal como Padmini, aquela que tem "...a pele fina, macia e clara como o lótus amarelo..." No Japão, do século IX ao XII, período de Heian, a valorização da pele branca era regra geral. Para obter a aparência extremamente clara as mulheres aplicavam um pó espesso e argiloso feito de farinha de arroz, chamado oshiroi. Depois passaram também à usar o beni, pasta feita do extrato de açafrão, para colorir as maçãs do rosto.
Aproximadamente em 150AC o físico Galeno criou o 1o creme facial do mundo, adicionando água à cera de abelha e óleo de oliva. Mais tarde o óleo de amêndoas substituiu o azeite e a incorporação de bórax contribuiu para a formação da emulsão, minimizando o tempo de processo. Estava aí a primeira base para sustentar os pigmentos de dióxido de titânio e facilitar a aplicação na face; nascia a base cremosa facial.
Começam os obstáculos...

Mas nem só de aprovação caminhou a história dos cosméticos coloridos. Na Roma antiga a indignação masculina frente aos artifícios femininos de usar produtos para maquilagem está registrada em obras imortais, como escreveu Ovídio "...Seu artifício deve permanecer insuspeito.
Como não sentir repugnância diante da pintura espessa em sua face se dissolvendo e escorrendo até seus seios? Por que tenho de saber o que torna sua pele tão alva?..." Andreas de Laguna, o médico espanhol do Papa Julius III, dizia que a maquilagem das mulheres era tão espessa que dava para cortar "a nata da torta de queijo de cada uma das bochechas" (Ilustrar com Bloch, volume 6, revista 34, página 7).
 

   

A beleza entra na mira da igreja

Os líderes religiosos expressavam sua indignação contra o uso de artifícios coloridos. No relato de São Jerônimo fica evidente a reprovação do ato de maquilar-se, visto como força do mal e da impureza. "...O que faz essa coisa púrpura e branca no rosto de uma mulher cristã, atiçadores da juventude, fomentadores da luxúria, e símbolos de uma alma impura?..."
   

Propaganda enganosa X Bruxaria:

No final do século XVIII, o Parlamento inglês recebeu a proposta de uma lei que tentava impor sobre as mulheres a mesma penalidade por adorno que era imposta por bruxaria. O termo desobrigava de suas responsabilidades os maridos que haviam casado com uma "máscara falsa": "Todas as mulheres que à partir deste ato tirarem vantagem, seduzirem ou atraírem ao matrimônio qualquer súdito de Sua Majestade por meio de perfumes, pinturas, cosméticos, loções, dentes artificiais, cabelo falso, lã de Espanha, espartilhos de ferro, armação para saias, sapatos altos ou anquilhas, ficam sujeitas à penalidade da lei que agora entra em vigor contra a bruxaria e contravenções semelhantes e que o casamento, se condenadas, seja anulado..." É hilária a carta publicada no jornal britânico The Spectator, no ano 1711, onde um marido aflito desabafa... "Senhor, estou pensando em largar minha mulher e acredito que quando o senhor considerar o meu caso, a sua opinião será a de que minhas pretensões ao divórcio são justas.
Nunca um homem foi tão apaixonado como eu pela sua fronte, pescoço e braços alvos, assim como a cor azeviche de seus cabelos. Mas para meu espanto descobri que era tudo feito de arte: sua pele é tão opaca com esta prática, que quando acordou de manhã, mal parecia jovem o suficiente para ser mãe de quem levei para a cama na noite anterior. Tomarei a liberdade de deixá-la na primeira oportunidade, à menos que seu pai torne sua fortuna apropriada às suas verdadeiras , e não supostas, feições..." O rei Henrique VII mandava os pintores retratarem suas pretendentes matrimoniais, pedindo também às pessoas que cercavam a rapariga que respondessem um extenso questionário sobre a futura esposa.
As instruções previam saber como era o rosto, se estava pintada e se havia algo "perto dos lábios", referindo-se ao uso de batons e brilhos. Elizabeth I, a rainha virgem, que assim ficou famosa por ter morrido sem se casar, usou até o final de seus dias as faces cobertas de branco, as maçãs pintadas com círculos vermelhos bem definidos e a cabeça coberta por uma peruca de cabelo ruivo e dourado.


E a vaidade vence...

Mas apesar da postura radical da igreja e dos costumes rígidos, com os desenvolvimentos científicos o ato de pintar os lábios tornou-se moda desde o século XVII, quando as pomadas coloridas tornaram-se mais acessíveis e seguras. Ainda no século XVI a preocupação com higiene pessoal foi deixada de lado, o que ironicamente contribuiu para o crescimento do uso da maquilagem e dos perfumes.
O primeiro estilista surgiu no século XIX, quando um verdadeiro artista traz uma nova fonte de prestígio à moda; Charles Frederick Worth abriu sua loja em Paris em 1858, para vender modelos de casacos e sedas de primeira classe. A imperatriz Eugénie, esposa de Napoleão III era sua mais famosa cliente. Em 1885 é fundada a Chambre Syndicale de la Couture Parisienne, regulamentando a arte da alta costura. Paul Poiret, Madeleine Vionnet, Coco Chanel, Christian Dior, Cristóbal Balenciaga, Hubert Givenchy são alguns dos nomes que mudaram a história da moda no mundo, causando a necessidade de uma mudança de patamar na indústria de produtos para maquilagem.
Durante os 100 anos seguintes Paris firmou-se como autoridade em moda, trazendo para o mundo da maquilagem um novo alento. Podemos dizer que a popularização da moda aconteceu em 1892, com o lançamento da revista Vogue, tendo em seus primeiros números personalidades como Gertrude Vanderbilt Whitney, vestindo suas próprias roupas. Quando Condé Nasta comprou a revista, em 1909, a publicação passa à ter um enfoque mais atraente, mostrando objetos do desejo para todas as mulheres.


 


É somente no século XX, com os avanços da indústria química fina, que os cosméticos se tornam produtos de uso geral. Em 1921, Paris é palco de uma verdadeira revolução na história do batom; é primeira vez que um produto desta categoria é embalado num tubo e vendido em cartucho. O sucesso é tal que em 1930 os estojos de batom dominam o mercado americano, trazendo uma nova fase para o desenvolvimento destas formulações. A morena Marilyn Monroe usava maquilagem clara e pintava lábios vermelhos intensos, atraindo e intensificando sua feminilidade.
O maquilador americano Kevyn Aucoin conta que em 1967, ainda criança, quando confundiu a maquilagem branca -rosada intensa de uma vendedora de cosméticos com a aparência deixada pela aplicação de loção de calamina. Esta mistura de óxido de ferro vermelho e óxido de zinco era muito usada, na época, para aliviar o desconforto causado por picadas de insetos. A ingenuidade de Kevyn levou-o à comentar com a moça o quanto ele estava penalizado por sua dor! Como resposta deparou-se com um silêncio sepulcral, que só foi entendido pelo menino quando sua mãe, já a caminho de casa explicou que se tratava de maquilagem e não remédio... Na década de 70 as cores de maquilagem tornaram-se populares, acompanhando as coleções de alta-costura francesa, italiana e inglesa.
Cada vez que um grande costureiro lançava uma nova coleção de cores e formas para as roupas, lá vinha um tom de sombra específico para os olhos, uma nova cor de boca. Dior, Chanel, Yves Saint Laurent e todos os grandes fabricantes ousavam e enchiam os olhos das mulheres de todo o mundo com suas criações cada vez mais tentadoras. E é no final da década de 80 que entram em lançamento as fórmulas evoluídas para cosméticos pigmentados. Às beiras do novo milênio finalmente entram em cena fórmulas baseadas em tecnologia de vanguarda, cujo uso garante propriedades bem interessantes para nossa beleza, como proteção solar, umectação e controle do envelhecimento da pele.

    

Nos anos 90 a era do benefício visível ganha importância vital. A "haute couture" ou seja, (Alta costura) toma rumos inteligentes nesta nova era. Estilistas ingleses de vanguarda como John Galliano e Alexander McQueen vêm dar uma ventilada nas conservadoras Dior e Givenchy, alterando mais uma vez a história da moda & make-up. Hoje podemos nos beneficiar do produto que colore e trata a pele, limpa, perfuma e protege os cabelos, como nunca antes na história da humanidade. Yohji Yamamoto, Rei Kawakubo, Helmut Lang e Ann Demeulemeester apontam para uma nova era, a era da Beleza Inteligente, onde cada ser possa encontrar seu equilíbrio na roupa, no cheiro e na cor.